Carteira de Investimentos - Março 2013






Como havíamos afirmado, março foi mais um mês com alta volatilidade. O IBOVESPA, principal índice do mercado acionário brasileiro recuou mais uma vez e continua dando sinais de que pode piorar. Mas é nas crises que se apresentam grandes oportunidades. Assim, isso não é motivo para deixar de olhar para o mercado acionário.

Os objetivos deste post são:

  • Demonstrar como acompanhar a rentabilidade de uma carteira de investimentos;
  • Demonstrar como comparar a rentabilidade de uma carteira de investimentos com outros indicadores;
  • Comentar as principais variações na carteira;
  • Comentar as principais expectativas para os períodos futuros.

ATENÇÃO


O artigo a seguir foi escrito para fins meramente educacionais. Apesar de basear-se em fatos reais não se trata, em nenhuma hipótese, em recomendação de investimento. Os ativos citados no texto, bem as rentabilidades apresentadas, são decorrentes de ativos nos quais o autor investe e de suas variações de preço conforme situação específica da carteira de investimentos do autor. Decisões de investimento baseadas nas informações apresentadas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de quem assim o fizer, não sendo o autor responsável pelas consequencias destas decisões.

Rentabilidade dos últimos 12 meses


O gráfico acima mostra o resultado mês a mês da Carteira durante os últimos 12 meses. Apesar de apresentar rentabilidade positiva em apenas 6 meses, podemos perceber o desempenho da Carteira foi superior ao IBOVESPA em 8 dos 12 meses. Só isso já é um grande feito.

O pior resultado do IBOVESPA foi -11,9% (maio.2012) e da Carteira foi -4,7% (abril.2012). Já o melhor resultado o IBOVESPA foi +6,1% (dezembro.2012) e da Carteira foi +4,7% (julho.2012).

A comparação direta da Carteira com o IBOVESPA não é, tecnicamente, a mais adequada. Seria melhor que a Carteira fosse comparada com um referencial ponderado das mesmas classes de ativos. O objetivo da comparação aqui é apenas mostrar que é possível atenuar os efeitos da Renda Variável através de uma alocação de ativos que leve em conta outras classes.

Vejamos agora o resultado acumulado dos últimos 12 meses, acumulado do ano e do último mês:


A Carteira continua superando o IBOVESPA nos três períodos de tempo, com destaque especial para o acumulado nos últimos 12 meses que apresentou uma rentabilidade -2,3% enquanto o IBOVESPA acumulou -12,7%.
Nunca é demais repetir que o investidor que está buscando acumular um patrimônio não deve ficar ansioso com essa volatilidade de curto prazo. Pelo contrário, deve mirar a manutenção de ativos de qualidade em sua carteira e aproveitar as quedas para aumentar o seu portfólio.

Março de 2013



Que mês! Se Fevereiro já foi de fortes emoções na bolsa Março o superou. O IBOVESPA foi do purgatório (05.mar) ao céu (07.mar) em apenas 2 dias para em seguida mergulhar direto ao inferno (25.mar) e retornar ao purgatório (28.mar) nos últimos minutos.

Imagine quatro investidores com R$ 1 mil para investir. Cada um escolhe investir em uma classe de ativo diferente: IBOVESPA (índice das ações mais negociadas na BOVESPA), IFIX (índice dos Fundos Imobiliários mais negociados na BOVESPA), Dólar e CDI (renda fixa). Quem levou a melhor em Março? Confira no gráfico que segue:



Percebemos que se deu melhor quem apostou na valorização do Dólar e perdeu mais quem estava comprado no IBOVESPA. O valor no dia 28.mar é o saldo que o investidor teria após aplicação inicial de R$ 1 mil.

Quem tinha Ações ou Fundos Imobiliários perdeu dinheiro no mês de Março, correto? Não, errado! O IBOVESPA e o IFIX são índices compostos, respectivamente, com as Ações e Fundos  Imobiliários mais negociados no mercado. Há ativos que subiram e há ativos que cairam. Também há ativos que não estão contempladas nos índices. Além disso, a variação dependerá do momento em que você entrou no mercado e também da posição adotada (COMPRADO ou VENDIDO). Os índices servem apenas para efeito de referência. É preciso ter em mente que não representam (e nem se propoem a isso) a totalidade do mercado.

Evolução da Carteira


Este foi o segundo mês seguido de desvalorização da Carteira. Como nunca é demais lembrar, nada preocupante tendo em vista que o investimento é para Longo Prazo. Continuo o movimento de reduzir a participação de ETF's (MILA11 e SMAL11) por ações de empresas que, na minha avaliação, continuam subvalorizadas.

Este mês reduzi a participação de MILA11 (18,5% em fev.2013 para 14,3% em mar.2013) e adicionei a construtora MRV (MRVE3). Como nessas operações sempre há sobra de caixa, resultante da diferença de preço dos ativos, para não deixar o dinheiro parado adquiri mais alguns Títulos Públicos (NTNB Principal 150535 e LTN 010117).

Não houveram novos depósitos. Apenas pequenos saques que representaram menos de 0,5% do total investido.


Vale lembrar que estas movimentações sempre ocorrem em função da minha meta de alocação de ativos. Assim, minha carteira possui, atualmente, a seguinte alocação:



Podemos perceber que a alocação está muito próximo à meta não requerendo assim nenhuma ação imediata de readequação dos valores entre as modalidades.

O que esperamos


Na última reunião do COPOM o Banco Central decidiu manter a meta para a SELIC em 7,25%. Contudo a inflação continua pressionando e o BC deu sinais de que aumentará a meta na próxima reunião. O resultado do IPCA de março reforça essa tese na medida em que o IPCA acumulado dos últimos 12 meses (6,59%) ultrapassou o teto da meta do Governo Federal (6,5%). Apesar da relação não ser direta, uma possível elevação da meta SELIC poderá impactar ainda negativamente a bolsa de valores. Assim, não há um cenário de melhoria imediato para aplicações em Bolsa. Até porque a crise europeia, materializada no Chipre, continua rondando a economia mundial.


As incertezas são muitas. Portanto, tentar apostar em um cenário ou outro pode significar arriscar demais. Se os grandes bancos, assessorados por centenas de profissionais voltados exclusivamente para analisar o mercado financeiro cometem frenquentes equívocos, seria muita pretenção achar que um pequeno investidor poderia antever o cenário desses próximos meses.


Assim, seguimos em frente apostando na estratégia de Alocação de Ativos, ainda apostando que há muitas empresas sendo negociadas por um preço menor do que o valor real.

E vamos que vamos!


Um grande abraço e até a próxima!



K.R.


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