Carteira de Investimento - Fevereiro 2013





Olá Pessoal!

No final do artigo Investimentos Inteligentes - Considerações Iniciais, foi apresentado um gráfico que representava a evolução da minha carteira de investimentos até o dia 31 de janeiro de 2013.

A partir de agora, este gráfico e as informações apresentadas serão atualizadas mensalmente. Também serão tecidos alguns comentários a respeito do que provocou a variação no mês e as expectativas para os meses seguintes.

Os objetivos deste artigo são:

  • Demonstrar como avaliar a rentabilidade de uma carteira de investimentos;
  • Demonstrar como comparar a rentabilidade de uma carteira de investimentos com outros indicadores;
  • Comentar as principais variações na carteira;
  • Comentar as principais expectativas para os períodos futuros.

ATENÇÃO


O artigo a seguir foi escrito para fins meramente educacionais. Apesar de basear-se em fatos reais não se trata, em nenhuma hipótese, de recomendação de investimento. Os ativos citados no texto, bem como as rentabilidades apresentadas, são decorrentes de ativos nos quais o autor investe e de suas variações de preço conforme situação específica da carteira de investimentos do autor. Decisões de investimento baseadas nas informações apresentadas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de quem assim o fizer, não sendo o autor responsável pelas consequencias destas decisões.


Rentabilidade dos últimos 12 meses


O gráfico acima mostra o resultado da carteira mês a mês, durante os últimos 12 meses. Não foi um período fácil. Podemos perceber que o IBOV obteve resultado negativo em 7 meses. Destaca-se ainda o mês de maio/12 quando o resultado do IBOV foi -11,9%, o pior do período.

Já a Carteira, que possui uma composição agressiva e carregada com ações, obteve 6 meses com rentabilidade positiva e 6 meses com rentabilidade negativa. Ao comparar o IBOV com a Carteira, podemos verificar que esta teve um resultado melhor em 8 meses.

Veja agora o resultado acumulado nos últimos 12 meses, acumulado no ano e do último mês:


O gráfico mostra que a Carteira superou o IBOV nos últimos 12 meses, no ano e no mês, apesar de também estar apresentando resultados negativos. Contudo, um investidor que mire o longo prazo não deve preocupar-se excessivamente com essas oscilações de curto prazo. Deve, isso sim, mirar a formação de uma carteira com ativos de qualidade.

Fevereiro de 2013

Fevereiro foi um mês em que o investidor teve que ter muito sangue frio para aguentar a volatilidade do mercado. Volatilidade esta que não ficou restrita ao mercado de Renda Variável. Até o investidor de Renda Fixa pôde perceber os riscos inerentes a este mercado na medida a expectativa de que o Governo Federal aumentaria a meta SELIC fez com que o preço dos Títulos Públicos pré fixados desabassem incorrendo, inclusive, em perdas para quem se precipitou e se desfez desses títulos.

O movimento que tenho feito na Carteira é migrar periodicamente dos ativos ETFs para ações de empresas que, a meu ver, estão com uma subavaliação em função de cinco critérios: P/L (Preço por lucro), P/VP (Preço por valor patrimonial), DY (Dividend yeld), RPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) e Taxa de Crescimento da Receita dos últimos 5 anos.

Tem se destacado nestes critérios as companhias elétricas que tem sofrido bastante nos últimos meses em função da redução das tarifas do setor através de imposição do Governo Federal. Assim, resolvi apostar parte de minhas fichas em 3 empresas: CEMIG (CMIG3, -1,5%), Eletropaulo (ELPL4, -15,8%) e Transpaulista (TRPL4, +8,1%). Agora é esperar.

Outros dois movimentos na Carteira foi o aumento do valor investido em Câmbio (Dólar e Euro) e em Renda Fixa para equilibrar um pouco mais a alocação real com a planejada.

Assim, o mês terminou com uma alocação de 48,6% em Renda Variável (meta: 49,2%), alocação de 24,7% em Fundos Imobiliários (meta: 23,8%), alocação de 21,3% em Renda Fixa (meta: 21,5%) e alocação de 5,4% em Câmbio (meta: 5,5%).

Evolução da Carteira


O gráfico acima mostra a evolução da Carteira desde outubro de 2011 até fevereiro 2013. Podemos ver que o valor da cota saiu de 0,92 e atingiu 1,03. Isso significa que cada R$ 100,00 investido transformou-se em R$ 111,96. Se o valor tivesse sido investido numa carteira similar ao IBOV no mesmo período o teria se transformado em R$ 97,83.

O que esperamos

Para o mês de março ainda esperamos muita volatilidade no mercado. Ainda não é esperado um grande ganho em relação aos investimentos feitos nas empresas elétricas porque ainda há muita indefinição do real impacto da redução das tarifas e estas ainda não afetaram os balanços e resultados das empresas. Assim, ainda são esperadas fortes emoções.

Contudo, confiamos no setor elétrico brasileiro e os múltiplos demonstram que as ações estão com um preço barato, em especial por tratar-se de um mercado maduro, com grandes barreiras de entrada e excelente geração de caixa.

Vamos ver o que acontece.


Um grande abraço e até a próxima!

Kleber Rebouças

Rico Dinheiro: Curta e compartilhe educação financeira!




Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO)-ASSISTENTE DE GESTÃO OPERACIONAL II-ASSISTENTE DE GESTÃO OPERACIONAL I-ASSISTENTE DE GESTÃO ADMINISTRATIVA II

Comentários

  1. As elétricas ofereceram realmente boas oportunidades de entrada. As pessoas criaram um pânico exagerado e generalizado em cima do assunto.

    Eis o Sr. Mercado e sua depressão!

    A que eu mantenho em carteira é a GETI3, que me agradou muito pelo histórico dos últimos anos. Chegou a acompanhar esta?

    Value Investing
    http://valueinvesting.blog.br

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    Respostas
    1. Carlos,

      O setor regulado pelo Governo tem vantagens e desvantagens. Assim como há a interferência de forma negativa, como aconteceu com a redução das tarifas, é certo que em caso de crise sistêmica haverá uma interferência para compensar o setor.

      Quanto a GETI3 posso dizer que está no radar (mesmo sem estudá-la a fundo ainda). Para mim, o que está pesando é o P/VP de 3,56 (TRPL4: 0,97; CMIG4: 1,38...) e o Crescimento da Receita dos últimos 5 anos de 6,73% (TRPL4: 18,99%; CMIG4: 20,83%).

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    2. Interferência do governo a gente sempre vai encontrar em todo canto... diferentemente dos que acham que é uma coisa do Brasil.

      A pessoa que quer ser sócia de empresas regulamentadas, tem que aceitar e conviver com isso.. se a empresa não se encaixar no perfil ou você não estiver totalmente confiante, é pessoal! Melhor mudar! =)

      Abraços!!

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