Livro - Ilusões Populares e a Loucura das Massas - by Charles Mackay








Olá Pessoal!


Recentemente concluí a leitura do livro Ilusões Populares e a Loucura das Massas. Este livro faz parte de um conjunto de livros que me foram recomendados para leitura como forma de entender um pouco melhor o  mercado financeiro.



Os objetivos deste Post são:



  • Fazer uma breve resenha do livro citado;
  • Expor os principais pontos apreendidos a partir da leitura do livro.




Sobre o livro e o autor









Charles Mackay nasceu em Perth, Escócia, em 1814 e faleceu em 1889. Foi poeta, jornalista e compositor no Reino Unido. Educado na Royal Caledonian Asylum, em Londres, e em Bruxelas, passou a maior parte de sua juventude na França. Engajou-se no jornalismo, trabalhando no The Morning Chronical e, posteriormente, tornou-se editor do The Glasgow Argus e ainda do Illustrated London News. Publicou Songs and Poems (canções e poemas, de 1834), escreveu sobre a história de Londres e o romance Longbeard (barba grande). Ficou muito conhecido pelo livro Memorando de extraordinários engodos populares e a loucura das multidões. Fonte: Wikipedia


O livro Ilusões Populares e a Loucura das Massas foi publicado, originalmente, em 1841. Numa linguagem direta, sem rodeios, aborda algumas das mais estranhas histerias que acometeram e guiaram multidões. Manias que se espalham por toda uma sociedade sem que ninguém consiga fazer um contraponto é mais comum do que se imagina. Algumas tomam proporções tão grandes que podem perdurar durante séculos ou causar enormes prejuízos a indivíduos ou a sociedade.

Mackay nos conta diversas histórias como, por exemplo, a caça às bruxas (que provocou a morte de milhares de pessoas na idade média), o amor pelas relíquias (que provocou a busca e falsificação infindáveis de artigos ditos sagrados), a busca pelo elixir da vida (que teve como mérito o desenvolvimento da química).

Recentemente o livro tem sido estudado por homens de negócios e investidores como uma lição de independência mental e um alerta contra as ilusões especulativas do mercado e a tendência de seguir a ação das massas.


Principais pontos apreendidos

O livro possui relatos muito instigantes que nos levar a refletir como que determinadas "loucuras" se generalizam na sociedade, em todas as suas camadas e classes, de forma a ser tratado como algo "normal". Claro que isto está associado ao contexto histórico e a evolução dos valores morais e da sociedade como um todo. Assim, aos poucos, um a um, os indivíduos vão recobrando sua "sanidade" até que a sociedade como todo se desfaça da "loucura". Até que a próxima se instale!


Dentre os relatos, um se destaca por estar diretamente ligado ao tema deste blog:


A Mania das Tulipas

A tulipa tornou-se uma flor muito apreciada na Holanda a partir do século XVII, especialmente entre os mais ricos sendo, inclusive, considerado de mau gosto não possuir uma. A procura por essa planta foi tanta que os preços pagos por um simples bulbo dispararam. E a "loucura" foi tanta que a indústria do país chegou a ser negligenciada em meados de 1634. Até os mais pobres embarcaram na especulação. Fortunas foram gastas, propriedades foram vendidas, tudo para que se pudesse "investir" em uma única tulipa.

Ocorre que, como em todos os movimentos especulativos, chega-se um momento que as pessoas começam a recobrar a prudência e os compradores somem, dado o exorbitante preço praticado, e sobram apenas vendedores. Então, não tendo para quem vender, os preços começam a cair. Em caindo os preços, aqueles que pagaram "os olhos da cara" se desesperam e para evitar perdas maiores vendem seu estoque o mais rápido possível, pressionando o preço para baixo ainda mais. E então o pânico se instala, agravando a crise.


Qualquer coincidência não é mera semelhança. Sejam tulipas, sejam ações, sejam imóveis, obras de arte... O fato é que o desejo de enriquecimento nos cega e não nos faz perceber os movimentos especulativos e irracionais por trás dos mercados. Associa-se a isso o sentimento de inveja. A inveja de ver que o seu vizinho ganhou muito dinheiro embarcando no "esquema" e você ficou de fora. Então, para não sair como o bobo que ficou pra trás, o sujeito embarcar na especulação. Só que entrou tarde! Entrou no momento em que os compradores começavam a sumir. E é esse que assume o prejuízo.





A lição

A grande lição que podemos tirar desse relato é: Não entre em um investimento simplesmente porque todos estão entrando. Antes de se arriscar, busque entender em que está se metendo e tenha um plano de saída. Informe-se a respeito da operação, evite o desconhecido e as modas do momento.


Quando um mercado está excessivamente aquecido, com muitos especuladores é um sinal de que pode estar chegando ao seu limite. Tenha muito cuidado quando aquele sujeito que nunca se envolveu em investimentos, nunca se preocupou em analisar uma oportunidade de aplicar seus recursos, começa a recomendar a todos os conhecidos (como se entendesse do assunto) investir em uma determinada área como se fosse a barbada do século, a fonte do dinheiro fácil. É possível que esteja na hora de sair.


Existe um ditado entre os jogadores de pôquer que é mais ou menos assim: "Se você está a meia hora sentado na mesa de jogo e ainda não descobriu quem é o pato, desista porque o pato é você!".



Um grande abraço, e até a próxima!













Comentários

  1. Tiago, esse é um livro difícil de achar. Você pode encomendar:

    Na Saraiva: http://oferta.vc/6AlS
    Travessa: http://oferta.vc/6AlX

    Ou posso te vender o meu, em perfeito estado, por R$ 40,00 já incluso o frete.

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  2. Respostas
    1. Não vendi ainda. Se tiver interesse entre em contato por email: klebervr@gmail.com

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